Coqueiro

“Coqueiro”: uma palmeira tão antiga que ninguém sabe dizer ao certo onde nasceu... Pode ser filipino, malaio, indiano, neozelandês, centro-americano ou bahiano. Deve ter tanto ou mais nomes, quanto utilidades nessas culturas todas. Neste episódio Regina Casé revela uma a uma, as várias facetas do coco e dessa árvore que para nós é brasileira.

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Coqueiro

coco, coco-da-bahia, coqueiro-da-bahia, coqueiro

Nome científico
Cocos nucifera L.

Família
Arecaceae

Características morfológicas:

Árvore solitária, de 10-20 m, podendo excepcionalmente chegar a 30m de altura.

tronco cilíndrico, de 20-30 cm de diâmetro.

folhas reúnem-se no ápice do tronco em número de 20 a 25 por coroa, e medem até 6 m de comprimento. Da haste central de cada folha, surgem numerosos pares de estreitos folíolos, que medem 60-90 cm de comprimento cada.

flores numerosas e pequenas, amarelo-claras, brotam em belos cachos pendentes de cerca de 1 metro, de cerca de 15-30 ramos, protegidos por duas folhas especiais, uma sob os cachos de flor em forma de cunha, e outra, tubular, por sobre a inflorescência. Há flores masculinas e femininas na mesma inflorescência, que desabrocham em momentos diferentes. A flor feminina parece um botão carnudo, de 15 mm de diâmetro, com três folhas curtas e duras em sua base, três sépalas no exterior e três pétalas no interior. Aparecem na base dos cachos em número de 0 e 9. Na ponta dos cachos encontram-se as flores masculinas, em números que variam de dezenas e centenas em cada ramo. Essas flores são alongadas, menores que as femininas, mas igualmente compostas por três pequenas pétalas no exterior e três pequenas pétalas no interior. No centro da flor masculina, observam-se seis pequenos estames carregados de pólen.

fruto seco, ligeiramente esférico e grande, formado por uma casca lisa e verde, por uma camada interna amarelada, espessa e fibrosa, que envolve outra camada, muito dura, que protege a semente, chamada endocarpo.

semente coberta por uma fina capa de cor marrom, constituída por uma camada carnuda e esbranquiçada onde fica o embrião, e por uma cavidade interna repleta de água do coco.

floração ocorre com maior intensidade nos meses de janeiro a abril, mas dura quase o ano inteiro, com 12 a 15 inflorescências por ano em intervalos de 24 a 30 dias. As folhas especiais que protegem a inflorescência demoram de 3 a 4 meses para abrir, tornando acessíveis os cachos de flor. O desabrochar das flores femininas não coincide, em geral, com a das masculinas e seguem ciclos de floração diferentes. Em três a cinco semanas todas as flores masculinas desabrocharam e caíram. Já as flores femininas abrem em cerca de uma semana e têm apenas 24h para a fecundação. O desenvolvimento do fruto precisa de 12 meses até a maturação completa, que ocorre principalmente nos meses de julho-fevereiro.

uso/árvore adotada pelo paisagismo em todas as cidades de costa atlântica.

uso/madeira moderadamente pesada, dura e resistente quando bem velha, de grande durabilidade em contato com a água do mar. Usada como pilastras nos cais de barcos pesqueiros, na confecção de objetos artesanais, como bengalas, pequenos móveis etc.

uso/outras utilidades O principal produto, consumido por toda a parte e de diversas formas, é o fruto. Bebe-se muita água de coco verde e aproveita-se ainda a carne ao natural. Água e carne juntam-se na elaboração de sorvetes, doces e pratos típicos. O “coco seco”, quando maduro, é empregado no fabrico de gordura comestível ou não, manteiga, coco ralado e leite de coco. A fibra do fruto é utilizada na confecção de cordas, tapetes, redes, vassouras, escovas e capachos. Das folhas se extraem fibras rústicas e fortes, utilizadas em diversos produtos artesanais e industriais, como escovas e capachos. A medicina popular usa a castanha para o tratamento de: úlceras de estômago, inflamações intestinais, artrite, asma, tosse, afecções das vias respiratórias; a água-de-coco é utilizada para hidratação e cura de enfermidades da bexiga; emprega-se o leite de coco no tratamento da asma; o coco fresco ralado, no combate aos vermes intestinais; e o óleo de coco, no alivio da dor de dente, além de facilitar sua extração.

obtenção de sementes Recolher os frutos do chão após a queda e tratá-los como se fossem sementes. Não há a necessidade de despolpá-los para semeadura.

produção de mudas Colocar os frutos para germinação em canteiros, ou recipientes individuais, com substrato arenoso rico em material orgânico. Os frutos devem ser dispostos longitudinalmente e cobertos de terra pela metade. Irrigar diariamente. A emergência ocorre em 3-6 meses. O transplante para o campo dá-se em 2-3 meses, com uma muda de 3-4 folhas vivas. O desenvolvimento das mudas, bem como da planta é lento.

referêcia bibliográfica Kurozawa, Chukichi. “Coco” IN “ABC do Globo Rural” | LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.277. | Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, p.130. | Plantas e Ervas Medicinais e Fitoterápicos-PLANTAMED | Vídeo sobre plantio do coco. Entrevista com o engenheiro agrônomo Humberto Rollemberg Fontes, Embrapa Tabuleiros Costeiros. Jornalista VICO IASI. MAI/2001: Programa Globo Rural.

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