Pia�ava

piassaba, piassava, piassaveira, piassaba-da-bahia

Nome científico
Attalea funifera Mart.

Família
Arecaceae

Características morfológicas:

Árvore de 6-15 m de altura, com copa em forma de funil.

tronco cil�ndrico e liso, de 20-30 cm de di�metro na fase adulta da planta. Antes disso, o caule e o palmito s�o subterr�neos.

folhas retas e com a ponta curvada, arranjadas em espiral, em n�mero de 8-10 por coroa e voltadas para o c�u. Chegam a medir, ao todo, 9 m de comprimento, sendo que a haste de sustenta��o da folha, margeada por fibras r�gidas conhecidas por �piassaba�, alcan�a at� 3,5 m de comprimento. Da haste central de cada folha, surgem 60-130 pares de estreitos fol�olos, que chegam a medir 60-120 cm de comprimento por 4-7 cm de largura cada.

flores numerosas, pequenas e branco-amareladas, medem 20-24 mm de comprimento, possuem p�talas de 3-5 mm de largura e brotam em cachos de flores masculinas, femininas ou mistas, na propor��o de 20:3:1, respectivamente. Os cachos medem 30-85 cm de comprimento, surgem por entre as folhas e possuem cerca de 70-145 ramos de 10-22 cm de comprimento cada. A haste de sustenta��o do cacho mede 35-70 cm de comprimento.

fruto esverdeado para dourado, de 10-15 cm de comprimento por 5-9 cm de di�metro, de casca lisa e dura, de 2-2,5 mm de espessura, de polpa macia, esbranqui�ada e ligeiramente oleosa, de 13 mm de espessura, e dotado de 1-3 sementes.

semente el�ptica, com o interior branco, do tipo am�ndoa, de 3-4 cm de comprimento por 1,5-1,8 cm de di�metro, revestida por uma camada r�gida marrom-clara de 15-18 mm de espessura.

floração ocorre pela primeira vez quando a palmeira tem aproximadamente dez anos, e pode durar todos os meses do ano. Entretanto floresce com maior intensidade os meses do ver�o, no per�odo dezembro-fevereiro. Os frutos amadurecem no per�odo subsequente.

uso/árvore ornamental por�m ainda desconhecida dos paisagistas. Cultivada comercialmente para produ��o de fibra na Bahia.

uso/outras utilidades O produto principal desta esp�cie � conhecido como �fibra de piassaba�, fibra longa, n�o el�stica, altamente flex�vel e imperme�vel, empregada no fabrico de vassouras, cordas, chap�us, esteiras, coberturas de quiosques e outras serventias e comercializada nacional e internacionalmente. A semente, usada para a confec��o artesanal de bot�es e ros�rios, � oleaginosa e comest�vel, seu �leo era usado para lubrifica��o de rel�gios e outros instrumentos de precis�o.

obtenção de sementes Deve-se colher os frutos maduros diretamente da �rvore e em seguida seme�-los, sem a obrigatoriedade de despolp�-los. O �bicho de coco� costuma atacar e destruir as sementes, vitimando grande parte dos frutos encontrados no ch�o e amea�ando o armazenamento prolongado das sementes.

produção de mudas A Pia�ava d� em solo de baixa fertilidade, de substrato arenoso, e bem drenado, em matas secund�rias, arbustivas. Em estado natural, a semente pode levar anos para germinar, sendo a taxa de germina��o extremamente baixa. A taxa de germina��o se eleva para 60% quando 1) a semente � embebida em �gua corrente por 24 h, 2) frutos ou sementes s�o expostos a uma temperatura constante de 40� C, pelo per�odo de 7 dias. O processo de germina��o, quando iniciado, ocorre subterraneamente de 5 a 18 meses, momento em que a primeira folha aparece sobre o solo. A planta apresenta tr�s est�gios de desenvolvimento. No primeiro, em que � denominada �patioba�, o caule e o palmito s�o totalmente subterr�neos e as fibras das folhas s�o curtas. No segundo, em que a planta � conhecida por �bananeira�, as fibras alongam-se. �Bananeiras� jovens continuam com caule e palmito subterr�neos, mas o per�odo de alta produtividade da planta se d� entre os 8 e 10 anos de idade, quando o palmito da �bananeira adiantada� emerge da terra. No �ltimo est�gio, a planta adulta � ent�o chamada de �coqueiro�, o caule desenvolve-se acima do solo por completo, e as fibras longas j� n�o alcan�am a mesma produtividade. Nessa fase a palmeira floresce e frutifica. Por conta do desenvolvimento subterr�neo da planta, atrav�s da forma��o de bulbo e de ra�zes, a produ��o de mudas por transplante de plantas adultas � vi�vel.

referêcia bibliográfica �A explora��o e utiliza��o dos recursos, seus impactos s�cio-econ�micos atuais e potencialidades de manejo sustent�vel� In �Anais do I Semin�rio Nacional sobre recursos florestais da mata atl�ntica�. Publica��o: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atl�ntica, Funda��o SOS Mata Atl�ntica, Instituto de Pesquisas do Jardim Bot�nico do Rio de Janeiro e EMBRAPA � CENAGEN. | BONDAR, Greg�rio. �A explora��o da Piassava no Estado da Bahia/ Relat�rio da viagem nos munic�pios de Cannavieiras e Una, nos dias de 6 a 30 de Abril de 1926�. 1926: Bahia, Imprensa Official do Estado. | GLASSMAN, Sidney F. �A Taxonomic Treatment of the Palm Subtribe Attaleinae (Tribe Cocoeae)�, p.29. Illinois biological monographs n� 59. 1999: University of Illinois Press, Urbana and Chicago. | LORENZI, H. et al. �Palmeiras no Brasil: nativas e ex�ticas�. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, 65 p. | MELO, Jos� Roberto Vieira de. \"Perspectiva da produ��o de sementes de pia�ava (Attalea funifera Mart.) em �reas litor�neas da Bahia\" in � VI Congresso e Exposi��o Internacional sobre Florestas: resumos t�cnicos / [Coordena��o editorial] La�rcio Couto, Ant�nio Lelis Pinheiro, Ant�nio Bartolomeu do Vale. 2000: Rio de Janeiro, Instituto Ambiental Biosfera, pp. 157 a 159.