Tataré

A flora brasileira, pujante e exótica, só veio a aparecer no jardins e parques do Brasil, com Roberto Burle Marx, pintor e paisagista modernista. O jardim de formas abstratas e exuberantes conferiu ao Tataré, árvore descabelada, de troncos tortuosos e descamantes, um novo status: o de planta de jardim. Jardim brasileiro, 100% Macunaíma, que este Um Pé de Quê? fez questão de retratar.

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Tataré

jacaré, angico-branco, jurema, vinhático-de-espinho.

Nome científico
Chloroleucon tortum Pittier.

Família
Fabaceae

Características morfológicas:

Árvore espinhenta, de 6-12 m de altura, muito ramificada, de copa larga, com mais de 6 m de diâmetro.

tronco canelado, de 30-50 cm de diâmetro, tortuoso, de casca descamante e acinzentada.

folhas compostas, bipinadas, dotadas de 3 pares de pinas, de 5-8 pares de folíolos oblongos, de 10-15 mm de comprimento por 3-5 mm de largura cada. Folhas com glândulas na raque e pecíolo.

flores brancas e perfumadas, de cálice esverdeado e em forma de sino, de pétalas soldadas e numerosos estames alvos, dispostas em inflorescências globosas ou em espigas cilíndricas.

fruto seco, do tipo vagem, retorcido em espiral, e que se abre espontaneamente liberando suas sementes.

semente oval, de aproximadamente 5 mm de comprimento, achatada e amarelo-clara.

floração ocorre entre os meses de outubro e novembro. Os frutos amadurecem no período agosto-setembro com a planta quase totalmente destituída de sua folhagem.

uso/árvore ornamental, recomendada para o paisagismo, para a arborização urbana e para o bonsai.

uso/madeira moderadamente pesada, dura, compacta, bastante decorativa, de longa durabilidade quando em ambiente internos. Empregada nas obras internas, na marcenaria fina, em trabalhos de torno e no fabrico de cabos de ferramentas.

obtenção de sementes colher os frutos diretamente da árvore, quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los do chão. Em seguida levá-los ao sol para completar a liberação das sementes.

produção de mudas colocar as sementes para germinar, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semissombreados contendo substrato organo-arenoso. Melhor irrigar 2 vezes ao dia. A emergência ocorre em 8-20 dias e a taxa de germinação geralmente é inferior a 20%. Transplantar as mudas para canteiros individuais quando atingirem 3-5 cm de altura. O desenvolvimento das mudas é bastante rápido, assim em menos de 5 meses ficarão prontas para o plantio definitivo. O desenvolvimento das plantas no campo é apenas moderado.

referêcia bibliográfica LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.185. | “Chloroleucon tortum (Mart.) Barneby & J.W.Grimes” in “Infobibos – Informaçnoes Tecnológicas”. Publicação eletrônica. | Iganci, J.R.V. 2010. Chloroleucon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Tataré

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